- 22 de janeiro de 2018
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- Category: Hospitais
1. Áreas com maior risco de contaminação
Um estudo realizado em 2010 pelo Departamento de Epidemiologia Hospitalar da Universidade da Carolina do Norte, buscou identificar quais são as áreas mais suscetíveis ao toque em quartos hospitalares. Cinco superfícies foram identificadas como áreas de “alto toque” e que, consequentemente, apresentam um maior risco de contaminação.
Essas áreas são: as grades da cama, a superfície da cama, o carrinho de abastecimento, a mesa que fica em cima da cama (como em caso de alimentação) e a bomba intravenosa.
2. Material mais adequado para a limpeza hospitalar
Um estudo publicado no American Journal of Infection Control tinha como objetivo investigar a seguinte questão: qual é a capacidade de descontaminação de 4 diferentes tipos de tecidos (microfibra, algodão, esponja e papeis toalha descartáveis) comumente utilizados para a limpeza hospitalar no que diz respeito à capacidade de cada um deles de reduzir acúmulos de micróbios em uma determinada superfície?
O estudo descobriu que os tecidos de microfibra apresentam uma qualidade superior no que diz respeito à retenção de micro-organismos em comparação aos outros tecidos. Contudo, isso é apenas aplicado quando o tecido é novo e utilizado úmido. Após ser lavada, a microfibra acaba perdendo seu poder de limpeza e descontaminação, sendo mais indicado o tecido de algodão ou a esponja nesses casos.
3. Fatores que favorecem a contaminação em ambiente de saúde
De acordo com Garner (1996) e Oliveira (2005), citados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (2012), os seguintes fatores podem contribuir para a contaminação em hospitais:
- Mãos dos profissionais em contato com as superfícies;
- Profissionais de saúde não seguem técnicas básicas para hospitais;
- Manutenção de superfícies úmidas ou molhadas;
- Condições precárias de revestimento;
- Manutenção de matéria orgânica.
4. Limpar, descontaminar ou esterilizar?
Você sabe qual é a diferença entre limpar, descontaminar e esterilizar? Abaixo, você confere o significado de cada um desses termos-chaves da limpeza hospitalar.
Limpar: remoção de sujeira, detritos, graxa e derramamentos.
Descontaminar: remoção de sujeira microbiana, incluindo micro-organismos patológicos.
Esterilizar: erradicação total dos micróbios presentes na superfície de itens.
5. Áreas críticas, semicríticas e não críticas
As áreas do serviço de saúde podem ser classificadas de acordo com o risco potencial para a transmissão de infecções. Elas podem ser: áreas críticas, que são ambientes em que existe um risco aumentado de contração de infecções (Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico, Unidade de Tratamento Intensivo); áreas semicríticas, que são os locais em que os pacientes com doenças infecciosas com baixa transmissibilidade e com doenças não infecciosas permanecem, (enfermaria, ambulatório, banheiros, elevadores e corredores). Por fim, há também as áreas não-críticas, que são os demais compartimentos do estabelecimento.
Essa classificação está baseada em Yamushi et al. (2000), brasil (2002) e Apecih (2004) e foi retirada de um guia elaborado pela Agência nacional de Vigilância Sanitária (2002).
Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies. Brasília: Anvisa, 2012.
DIAB-ELSCHAHAWI, Magda et al. Evaluation of the decontamination efficacy of new and processed microfiber cleaning cloth compared with other commonly used cleaning cloths in the hospital. American Journal of Infection Control, v. 38, n. 4, 2010.
HUSLAGE, K, et al. A quantitative approach to defining “high-touch” surfaces in hospitals. Infection Control and Hospital Epidemiology. 2010 Ago; 31 (8): 850-3. doi: 10.1086/655016
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