Joe e Constantine se conheceram no Vietnã, e desde lá desenvolveram uma sólida amizade. Constantine, conhecido como Pregador, tem em mente espalhar a palavra de Deus pelo mundo e assim salvar várias almas. Mas sua visão é um tanto dúbia, e ele faz coisas que tenho certeza não estão em nenhum evangelho. É certo que ele prega a paz e é contra a violência, salvo para se defender e defender aqueles em que confia e confiam nele. Dono de uma boa lábia e de uma presença de palco marcante conhece Randle, um milionário que deseja unificar a América com o poder da religião. Juntos constroem uma mega Igreja, mas começam a se desentender, pois Randle visa só o lucro, além de ter preconceitos bem arregaidos, e o Pregador apesar de usufruir deste dinheiro e algumas atitudes suas não serem assim “tão religiosas”, ele no fundo acredita no amor de Deus e que todos somos iguais. Com uma idéia decisiva para o avanço de sua religião e a certeza que com isso pode realmente salvar várias almas, Pregador idealiza o que seria o “Dia da Cruzada”, onde milhões de pessoas seriam unidas e conectadas ao mesmo tempo pela religião e pelo amor em Cristo, e para Randle é apenas mais uma boa forma de aumentar seus milhões. Mas no fundo, o “Dia da Cruzada” é mais do que isso, é sim o dia decisivo para ambos mostrarem sua verdadeira face.
Esta é uma história onde vemos claramente como a fé pode ser facilmente manipulada e usada conforme a necessidade de cada um. Não é um livro religioso, mas com certeza serve de alerta. Não vou dizer que me apaixonei pela história, mas também não a odiei por completo. Vale uma leitura, mas em minha opinião não é preciso passar na frente de outras e nem sair correndo a procura do livro. Se tivesse que dar uma nota, ficaria entre um 5 ou 6, pois é um bom livro para uma reflexão sobre a verdadeira religião de cada um.