Quando Rodrigo Cambará surge no povoado de Santa Fé, em outubro de 1828 – a cavalo, chapéu caído na nuca, cabeleira ao vento, violão a tiracolo -, parece chamar encrenca. Com a patente de capitão, obtida no combate com os castelhanos, é apreciador de cachaça, das cartas e das mulheres. Homem de espírito livre, não combina com os habitantes pacatos do local, mantidos no cabresto pelo despótico coronel Ricardo Amaral Neto. Mas depois de conhecer Bibiana Terra, nada convence Rodrigo a arredar o pé da aldeia. Nem a aspereza de Pedro, pai de Bibiana, nem a zanga de coronel, que não vê com bons olhos os modos do capitão. Nem mesmo o fato de a moça ser cortejada por forasteiro. Rodrigo, porém, está apaixonado, e quer casar-se. Como ele mesmo diz, não tem medidas, “é oito ou oitenta”. Para o capitão Cambará, é matar ou morrer, num descomedimento que sugere o descortinar de uma crise anunciada. Descrente dos valores prefixados sejam eles impostos pelo governo ou pela Igreja, Rodrigo é insubordinável: “Se Deus fez o mundo e as pessoas, Eçe já nos largou, arrependido”.