Um hospital público que trata seus pacientes de maneira muito suspeita. Uma perna quebrada que, afinal, não estava tão quebrada assim. Um encontro surpreendente na feira hippie de Ipanema. Como o próprio título indica, O mistério das aranhas verdes é um romance de… mistério. Mas um romance peculiar. Esqueça a velha questão de saber quem cometeu o crime. Neste Mistério, importa mais saber que crime foi cometido. A heroína é carol, uma carioca de 13 anos de idade, precoce e com vocação para resolver tramas complicadas. Os autores – a inesperada dupla Carlos Heitor Cony e Anna Lee – desfiam um enredo enigmático e moderno, urbano e contemporâneo. A união entre o estilo precioso de Cony e a jovialidade estreante de Anna Lee captura o leitor desde a primeira página. Capturar? O verbo é mesmo o mais adequado. O livro tem um sequestro… Não, dois sequestros…Ou melhor, três sequestros que se espalham pela narrativa. Não há a menor dúvida de que se passa no Brasil do séuclo 21. Carol se livra dos bandidos que armam o tal mistério das arnhas da mesma meneira com que se desvencilha dos problemas de ser filha de pais separados, de ter um inconveniente irmão mais moço, de despertar a cobiça de homens mais velhos. Ao final, fica a vontade de continuar seguindo Carol por aí, em suas aventuras e mistérios.