O espanhol Blasco Ibañez narra neste romance a expectativa gerada quando a Primeira Guerra Mundial ainda começava a se desenhar sobre a Europa e as posteriores mudanças trazidas pelo conflito aos franceses, retratadas através de duas gerações: Marcelo Desnoyers tem sua vida narrada desde sua fuga à América em 1870 até seu retorno à França e mais tarde, já um abastado senhor, deixa Paris para cuidar de suas propriedades. Dom Marcelo testemunha a guerra, vê seu castelo mudar de mãos após investidas de alemães e francesas e ser radicalmente modificado durante as batalhas do Marne. Julio Desnoyers, o filho de dupla naciolidade, continua em Paris e tem de lidar com a incômoda situação de não precisar lutar por ter nascido na Argentina, mas sentir-se inútil e desvalorizado por não lutar enquanto tantos outros homens sacrificam-se em combate. Seus amigos Argensola e Tchernoff, respectivamente um espanhol e um russo radicados na capital francesa, servem como artifícios para o autor expôr seus pontos de vista a respeito do conflito e da cobiça bélica germânica: o espanhol representa o orgulho mediterrâneo do autor enquanto o russo é a fala mais fria e racional de Blasco Ibañez.